Nestaterça-feira (15/12), às 20h, a diretoria científica da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG) traz à sede da entidade o secretário da Sociedade Brasileira de Virologia, Maurício Nogueira. Professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, o virologista afirma que o objetivo da reunião será, além de trocar experiências com os profissionais presentes, fazer uma abordagem do histórico do Zika vírus no Brasil e no mundo.
“Quero colocar em discussão nossas dúvidas e certezas, porque o que se tem de concreto é que esse fenômeno não vai acabar em pouco tempo”, afirmou o virologista. De acordo com ele, 1200 microcefalias recentes levam a crer que estão associadas ao Zika, mas como o vírus causou isto, ainda não sabem. “A informação que conseguimos levantar é que pode ter vindo de regiões da Ásia”, explica Maurício.
O virologista explica ainda que, embora as notícias sobre o aparecimento do Zika vírus tenham começado a circular no meio científico no ano passado, o primeiro caso foi detectado somente em abril de 2015. “Desde então começamos a estudar mais de perto, inclusive a possível relação com a microcefalia”, conta. A hipótese da relação entre o vírus e os casos de má formação foi levantada por autoridades de saúde brasileiras depois que diversos casos foram detectados em Pernambuco, até outubro.
“As ações precisam ser mais eficazes e contar com o apoio da comunidade, afinal, as esferas do Estado não têm como fazer vigilância na residência de cada cidadão, esclarece Maurício.