O prefeito de Nova Lima, João Marcelo Dieguez, anunciou mudanças em seu secretariado nesta terça-feira (28), incluindo a Ouvidoria Geral do município. Esta reformulação ocorre logo após o retorno do prefeito de uma viagem à Europa e foi apresentada durante uma reunião com seu grupo
As mudanças são:
Ouvidoria Geral: Leonardo Fuka sai, dando lugar a Dijama Júnior, que antes comandava a Secretaria de Cultura. Secretaria de Cultura: Agora liderada por Rafael Junio, ex-diretor na Secretaria de Esporte. Políticas Regionais: João Bosco é substituído por Fabrício Araújo, ex-chefe dos Projetos Estratégicos, que passa para Renato Valle. Comunicação: Maria do Socorro cede o posto a Paulo Roberto, até então diretor de Jornalismo. Chefia de Gabinete: Geraldo Claret retorna após a saída de Cissa Caroline.
Uma mudança adicional é prevista na Secretaria de Desenvolvimento Econômico devido à licença-maternidade iminente de Isadora Ribeiro Alves.
Análise política das mudanças na gestão de Nova Lima
O colunista político do Jornal Minas, Thiago Carvalho, oferece uma análise das motivações subjacentes às recentes mudanças na administração municipal de Nova Lima. Embora a justificativa oficial apresentada por Dieguez seja a preparação para as eleições municipais, Carvalho identifica nuances estratégicas de gestão e ajustes internos.
Ele argumenta que, se a motivação fosse exclusivamente a dedicação eleitoral, figuras como Stefano Rodrigues, Secretário de Esportes e presidente do partido Avante; Mateus Abalem, sub-procurador do município e jurídico do partido Cidadania; e Cadu Leite, Secretário de Relações Institucionais e presidente do PSD, também teriam sido afetadas pelas mudanças.
Carvalho destaca a habilidade de João Marcelo em evitar desgastes políticos, utilizando as alterações na administração para resolver problemas de gestão em áreas críticas, como a Ouvidoria. Além disso, sugere que essas trocas visam apaziguar tensões políticas internas, especialmente em relação ao grupo liderado pelo presidente da Câmara, Thiago Almeida. A ausência de indicados com ligações diretas ao presidente da Câmara pode ser interpretada como uma estratégia para diminuir receios entre os atuais membros do governo sobre a ocupação de espaço político por este grupo.
“A estrutura atual não deve se manter após as eleições de 2025. Em caso de reeleição, João Marcelo terá que cumprir acordos com os partidos de sua base, o que implicará novas mudanças em boa parte do secretariado”, conclui Carvalho.
Para os cidadãos de Nova Lima, é importante compreender essas dinâmicas. Acompanhe o Jornal Minas e fique informado sobre o cenário político e as implicações para o futuro da cidade.
Por Jorge Marques Foto: Redes Sociais