“Além de estarmos acima da meta de cobertura da meningo C na primeira dose e na dose de reforço, também ultrapassamos a meta da cobertura da tríplice viral, que imuniza contra sarampo, caxumba e rubéola, com uma cobertura de 104,65%”, informa o subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Eduardo Prosdocimi.
“Isso demonstra o grande esforço do Governo de Minas para que tenhamos todo o público alvo imunizado contra essas doenças, que são graves e podem matar”, destaca.
Em 2023, de acordo com os dados do Painel LocalizaSUS, os índices vacinais da meningo C foram de 96,31% para a primeira dose e 88,87% para a dose de reforço.
“É muito importante que os pais e responsáveis se atentem ao cartão de vacinas de seus filhos para que eles possam ter acesso à vacina contra a meningite. Nosso intuito com o Vacina Mais, Minas é levar os imunizantes para mais próximo da população, permitindo que todos tenham acesso às vacinas que são disponibilizadas gratuitamente”, aponta Prosdocimi.
Ainda segundo o subsecretário, o resultado que vem sendo observado até agora é fruto do investimento feito pelo Governo de Minas, por meio da SES-MG, nas ações de vacinação e capacitações voltadas para os profissionais das salas de vacinas.
“Estamos, nesse ano de 2024, acima da média nacional em 12 das 19 vacinas disponibilizadas para as crianças de zero a dois anos; e acima da meta do Sudeste em todos os imunizantes. Isso é sinal que o trabalho que estamos fazendo está dando resultados”, comemora.
Desde 2023, o Governo de Minas implementou o projeto Vacina Mais, Minas, que já investiu mais de R$260 milhões em ações de imunização no estado. Foram R$165 milhões em bonificação para os municípios que se aproximarem das metas vacinais, com vacinação nas escolas, e R$100 milhões para a compra dos vacimóveis, unidades itinerantes de vacinação.
“Em novembro deste ano vamos realizar uma campanha de multivacinação em todo o estado e pleitear que os imunizantes estejam disponíveis, cada vez mais, para ampliar o acesso da população às vacinas e à proteção”, completa Eduardo Prosdocimi.
Sobre a meningite
A meningite C é uma infecção que atinge as meninges, que são as membranas que protegem o cérebro e a medula espinhal. Causada pela bactéria Neisseria meningitidis do tipo C, essa é uma doença grave que pode ser fatal se não for tratada corretamente.
Altamente contagiosa, a doença pode ser transmitida de pessoa para pessoa por meio de gotículas e secreções do nariz ou garganta, pela ingestão de alimentos e água contaminados, ou pelo contato com fezes.
A meningite C pode causar danos cerebrais e sintomas graves como cefaleia, náuseas, vômitos, fotofobia, letargia, exantema, choque, falência de múltiplos órgãos e coagulação intravascular disseminada.
Em 2023 foram notificados 40 casos e 11 óbitos em decorrência da doença meningocócica em Minas Gerais. De janeiro a 30 de agosto de 2024 foram notificados 30 casos e seis óbitos.
De acordo com o Calendário Nacional de Vacinação, o esquema primário de imunização contra a meningite C compreende duas doses, aos três e cinco meses de vida, e uma dose de reforço, preferencialmente, aos doze meses de idade.
As crianças que não receberam a vacina nas idades indicadas poderão receber a dose até os quatro anos, 11 meses e 29 dias, conforme Instrução Normativa do Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde.