Em uma entrevista ao colunista do Jornal Minas, Thiago Carvalho, o advogado Wesley de Jesus atualizou sobre a ação movida em defesa dos moradores do bairro Honório Bicalho, que foram impactados pelas inundações ocorridas em janeiro de 2022
Os moradores afetados, representados por Wesley de Jesus, moveram processos judiciais contra a Vale e a Prefeitura de Nova Lima, alegando que suas casas foram invadidas por minério beneficiado durante o período das cheias do Rio das Velhas. Essa situação foi corroborada por laudos do Instituto EducaMit e perícias particulares realizadas pelos próprios moradores, contando ainda com o respaldo técnico da Geosol, uma empresa especializada em geologia.
Durante a conversa com Thiago Carvalho, Wesley de Jesus esclareceu alguns pontos importantes sobre o caso. Quando questionado sobre as bases para buscar reparação dos danos junto à Vale e à Prefeitura de Nova Lima, o advogado destacou a negligência das partes envolvidas, atribuindo a inundação à falta de medidas preventivas diante do alto risco representado pela barragem na região.
O processo encontra-se atualmente na fase de perícia, onde se avaliará minuciosamente as circunstâncias que levaram à tragédia e os danos sofridos pelos moradores de Honório Bicalho. Enquanto a Prefeitura e a Vale argumentam que a inundação de 2022 foi semelhante aos anos anteriores, Wesley de Jesus discorda, afirmando que tal posição não condiz com a realidade dos fatos.
Além da busca por reparação dos danos, Wesley de Jesus solicitou uma compensação adicional da Vale, considerando os transtornos causados pela situação de alto risco em que os moradores se encontram devido à proximidade da barragem. O valor pode chegar em até R$ 50 mil por família.
Honório Bicalho, é uma região de grande importância socioeconômica, ainda sente os efeitos profundos das enchentes de janeiro de 2022, que deixaram marcas nos moradores, afetando não apenas a vida das pessoas, mas também a infraestrutura da cidade de Nova Lima como um todo.
Por Gisele Maia Foto: Redes Sociais